Chuva de meteoros eta Aquarids tem pico neste fim de semana

Os meteoros da chuva Eta Aquariids são famosos por sua alta velocidade e longas trilhas, o que a torna espetacular para observação

03/05/2024 15H30

Na madrugada de sábado para domingo (4 para 5 de maio) ocorrerá o pico da chuva de meteoros eta Aquariids (ou Eta Aquáridas), que pode produzir até 50 meteoros por hora a uma velocidade de 65,5 km/seg, em condições ideais de escuridão e tempo. Nessa noite, a Lua estará apenas 14% iluminada, favorecendo a observação desse evento astronômico.

Como ressaltado pelo astrônomo Marcelo Antônio, que coordena o projeto brasileiro de pesquisa de meteoros EXOSS, parceiro do Observatório Nacional, os meteoros da chuva Eta Aquariids são famosos por sua alta velocidade e longas trilhas, o que a torna espetacular para observação.

É claro que a qualidade da observação depende das condições locais, como poluição luminosa e clima. No Brasil, a Eta Aquariids é uma das chuvas de meteoros mais intensas e visíveis.

Para os observadores localizados ao norte do Equador, a chuva de meteoros geralmente apresenta uma taxa moderada de 10 a 30 meteoros por hora, especialmente pouco antes do amanhecer. No entanto, para os privilegiados situados ao sul do Equador, a experiência é ainda mais deslumbrante, com uma atividade estelar mais intensa iluminando os céus. O melhor horário para observação da chuva de meteoros é a partir das 2:00 horas. 

Em 2024, há previsões de que essa chuva será particularmente intensa, graças às interações de seus grãos com o planeta Júpiter. E para alegria dos entusiastas, a interferência da Lua minguante será mínima, proporcionando uma visão desimpedida.

A Eta Aquáridas recebeu este nome porque o seu radiante está localizado na constelação de Aquário, próximo da estrela mais brilhante da constelação, a Eta Aquarii. É formada por fragmentos do Cometa Halley, um cometa com período orbital de cerca de 75,3 anos. Seu próximo periélio (o ponto da órbita do planeta em que está mais próximo do Sol) será no ano de 2061, quando poderá ser visto novamente da Terra. O Halley também é a origem da chuva de meteoros Orionids, que ocorre em Outubro.

De acordo com registros chineses, a eta Aquarids foi observada pela primeira vez no início da Idade Média. No entanto, o fenômeno só foi reconhecido como uma chuva de meteoros anual no século XIX. Em 1868, o astrônomo Rudolf Falb descobriu a relação entre as chuvas de meteoros eta Aquarids com o cometa Halley.

O que são meteoros e chuvas de meteoros?

Meteoros são corpos celestes pequenos que cruzam o espaço e penetram na atmosfera terrestre, incendiando-se parcial ou completamente devido à interação com a atmosfera e oxigênio. Esse fenômeno cria uma luminosidade no céu, comumente conhecida como "estrela cadente".

Uma chuva de meteoros ocorre quando diversos meteoros cruzam o céu noturno originando-se de um ponto em comum, chamado radiante. No caso das Líridas, o radiante está na constelação de Lyra.

A relevância das chuvas de meteoros

Estudar chuvas de meteoros ajuda a estimar a quantidade e período de maior incidência de detritos provenientes de correntes de meteoroides que a Terra atravessa periodicamente.

Assim, missões espaciais e centros de controle de satélites podem aprimorar estratégias de proteção para suas naves e equipamentos em órbita próxima à Terra e Lua.

As chuvas de meteoros também ajudam a compreender a formação do nosso Sistema Solar, pois ao investigar as propriedades dos detritos, é possível entender mais sobre os cometas e até mesmo fragmentos lunares e marcianos, resultantes de impactos antigos, assim como NEOS (Near Earth Objects), objetos próximos à órbita terrestre com atividade.

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