Guarapuava volta a se emocionar com uma história que nasce no esporte e ultrapassa fronteiras. Aos 17 anos, a jovem atleta Maria Júlia Sahaidak, criada nas quadras do município, está prestes a iniciar um novo capítulo de sua trajetória. No dia 12 de janeiro, ela embarca para os Estados Unidos, onde irá estudar e jogar vôlei em Butler, na cidade de Eldorado, no estado do Kansas.

Mais do que uma conquista esportiva, a história de Maria Júlia carrega um significado profundo para Guarapuava. Ela representa o talento construído no município e, principalmente, o legado deixado pelo professor Jefferson Christhiano Batista, o querido Jefão, recentemente falecido e amplamente homenageado pela comunidade esportiva local.

O OLHAR QUE TRANSFORMA DESTINOS

Foi no final de 2022 que Maria Júlia teve seu talento reconhecido pelo professor Jefferson. Conhecido pela sensibilidade em identificar potenciais e pelo compromisso com a formação humana dos atletas, Jefão foi peça fundamental no início da carreira da jovem. Para além das técnicas do vôlei, ele ensinava valores como disciplina, respeito e perseverança.

Para Maria Júlia e sua família, o treinador foi mais do que um professor: foi um incentivador de sonhos. Sua influência segue presente em cada conquista alcançada pela atleta, reafirmando que seu trabalho continua vivo por meio daqueles que ajudou a formar.

UMA TRAJETÓRIA CONSTRUÍDA COM ESFORÇO E DEDICAÇÃO

Natural de Guarapuava, Maria Júlia passou por importantes equipes ao longo de sua formação esportiva. Defendeu o time da Uniguairacá, representou Guarapuava, seguiu para São José dos Pinhais, onde morou e estudou durante 2023, e posteriormente integrou as equipes de Irati e Santa Helena.

Foi em Santa Helena que a atleta conquistou títulos expressivos e ganhou destaque ao disputar competições de alto nível, incluindo a Superliga, atuando inclusive em categorias acima de sua faixa etária. Sua atuação consistente chamou a atenção durante a Liga Paranaense, abrindo portas para oportunidades internacionais.

DO PARANÁ PARA O MUNDO

A chance de atuar no exterior surgiu por meio de uma janela de oportunidades mediada pelo treinador Fábio Lucas Barp, responsável pelo encaminhamento da atleta para o time norte-americano. Após ser aprovada nos testes de proficiência e concluir todas as etapas exigidas, Maria Júlia se prepara agora para conciliar estudos e esporte nos Estados Unidos, levando o nome de Guarapuava para além das fronteiras do país.

UM LEGADO QUE SEGUE VIVO

A história de Maria Júlia simboliza não apenas uma conquista individual, mas também o resultado de um trabalho coletivo construído ao longo dos anos no esporte guarapuavano. É a prova de que investir em esporte é investir em futuro, oportunidades e transformação social.

Em meio à saudade deixada pela partida do professor Jefferson, sua missão segue viva em cada jovem atleta que acreditou, treinou e sonhou sob sua orientação. Guarapuava se orgulha de Maria Júlia — e, por meio dela, reafirma que o legado de Jefão continuará ecoando em cada quadra, em cada conquista e em cada novo sonho que nasce no esporte local.

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