Mandando a real sobre o Brasil atual

* Por Mauro Biazi

22/06/2025 14H10

* Por Mauro Biazi

Como dói de sangrar a decadência moral no Brasil. Como entristece os sensatos, os legalistas, os ordeiros e o educado cidadão que assiste, em sua incômoda posição de contribuinte e eleitor, o País naufragar na desobediência, no desacato às leis, normas e regulamentos, que já não balizam condutas nem cobram  respeitos e a civilidade contidas em suas milhões de páginas.

Vivemos um definhamento ético, um velório de costumes, um enterro de valores, tudo sendo depositado numa vala comum e banal. Vivemos um egoísmo coletivo, um desrespeito institucionalizado, um viver vazio de olhar pro umbigo e dar de costas à realidade que deveria sacudir, constranger, entristecer os de coração polar.

Nos dias que correm cada um faz o que quer, como quer, do jeito que quer e, quando cobrado, questionado, afrontado, o risco de um embate físico com seu questionador, sem nenhuma vírgula de conscientização, pode levar o cidadão de bem a nocaute ou, pior ainda, nocaute fatal.

O Brasil navega num mar agitado de hipocrisia, arrogância, estupidez, imbecilidade, num estado delirantemente catatônico. Para muitos, o mundo encerra no seu bem-estar, pouco importando o que e quem está ali a um micromilimetro do seu umbigo infeccionado.

Entristeço, e devo entristecer a alguns, com um texto dessa natureza, cutucando a ferida purulenta da realidade. O homem caminha, celeremente, a um auto-abismo, uma auto-destruição, por uma estrada que no fim vai dar em nada, a não ser no abismo que ele próprio cavou.

É egoísmo que vocês querem? É egoísmo que vocês terão, não importando o outro lado da moeda que, a certa altura da vida, vai desbotar, anular o valor e mostrar sua face real. Enquanto isso nós, os conscientes, vamos purgando esses dias nefastos e desesperançados de retorno a um viver civilizado.

Entristece de dar pena essa realidade em que vivemos!!!

Mauro Biazi

Mauro Xavier Biazi, jornalista/escritor/fotógrafo/promotor de eventos culturais/ gastronômicos, e uma infinidade de outras atividades, usa das palavras para rascunhar recortes de uma vida de tantos feitos e fatos.

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