Por que será que Guarapuava nunca presta?

* Por Rogério Thomas

02/07/2025 15H23

* Por Rogério Thomas

Há um tipo muito peculiar de jornalismo que sobrevive de enxergar o copo sempre meio vazio — mesmo quando o copo transborda. Em Guarapuava, infelizmente, esse modelo ultrapassado ainda encontra eco em certo veículo que insiste em vestir o manto da “crítica construtiva”, mas que, na prática, mais parece torcer contra do que informar com responsabilidade.

A fórmula é simples: se algo vai bem na cidade, é ignorado. Se vai mal, vira manchete. Se algo vai muito bem, o fato até aparece... desde que venha acompanhado de patrocínio, anúncio pago ou interesse velado. Aí, sim, Guarapuava vira referência — mas só por conveniência.

Enquanto o município avança em áreas como educação, geração de empregos, desenvolvimento urbano, segurança, habitação, entre outras, há quem siga olhando para buracos no asfalto como se fossem crateras existenciais da cidade. Dados positivos divulgados por órgãos oficiais? Silêncio. Iniciativas inovadoras na área social ou cultural? Passam batido. Uma nova empresa gerando empregos? Só se pagar para ser notada. O que importa mesmo é alimentar a narrativa de que “tudo está errado”, de que “nada presta”, de que “o povo sofre” — mesmo quando o povo trabalha, cresce e conquista.

Essa visão míope (ou seria mal-intencionada?) prejudica não apenas a imagem da cidade, mas também sua autoestima coletiva. Afinal, como construir um futuro promissor se toda tentativa de progresso é tratada com desdém, ironia ou indiferença? Como atrair investimentos, turismo e inovação se a própria mídia local se recusa a enxergar valor no que é nosso?

Pior: em vez de apontar soluções, esse tipo de veículo parece sentir prazer em jogar sal na ferida, torcendo para que ela nunca cicatrize. A crítica legítima, fundamentada, é pilar da democracia. Mas a crítica por esporte — ou pior, por agenda pessoal ou econômica — é desserviço.

Guarapuava não é perfeita. Nenhuma cidade é. Mas ela é maior do que as manchetes enviesadas que tentam diminuí-la. É feita de gente que trabalha duro, que estuda, empreende, planta, colhe, investe, sonha. Gente que acredita. Pena que nem todos os que se dizem “jornalistas” consigam ver isso. Talvez os óculos deles precisem de um novo grau. Ou talvez, só talvez, enxergar o lado bom da cidade não renda tanto clique quanto o sensacionalismo pessimista.

Mas sejamos justos: quando o dinheiro entra em cena, até a grama do parque parece mais verde. Só não contem com eles para elogiar quando não há PIX envolvido.

Guarapuava merece mais. Inclusive de quem noticia sobre ela.

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OPINIÃO

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