Qualquer um que não tenha sangue de barata faria o mesmo. E com o Deputado Artagão não foi diferente, ele está certo — e Guarapuava e região sabem disso

* Por Rogério Thomas

23/06/2025 16H15

* Por Rogério Thomas

Política, por aqui, não é espetáculo de rede social. Quem conhece Guarapuava, conhece o peso da palavra “trabalho”. E é por isso que uma recente tentativa de apropriação de projetos em andamento — gestados com rigor técnico e institucional pelo deputado Artagão Júnior — causou tanto incômodo. A reação de Artagão pode ter sido dura, mas foi necessária. E, convenhamos: foi justa.

O imbróglio gira em torno de duas obras estratégicas para o município: a ampliação da rede de água no distrito de Guairacá e a construção de um novo colégio estadual no Residencial 2000. Ambas iniciativas não surgiram do nada. Estão sendo estruturadas desde 2021, com trâmites que passam por audiências, articulações com o governo estadual, detalhamentos técnicos e todo o processo que um mandato sério exige. Nada disso acontece da noite para o dia.

A tentativa de capitalização política feita pelo também deputado Fabio Oliveira revela uma distorção ética que precisa ser discutida. A política não pode ser um campeonato de vaidades. Mandato é coisa séria. E respeitar o trabalho alheio é parte do jogo democrático. A apropriação indevida de uma entrega em curso não é só feia — é perigosa. E, acima de tudo, desrespeitosa com o eleitor, que merece saber de onde vêm as soluções que impactam sua vida.

Vale lembrar que há outras obras em andamento, como a duplicação das PRs 466 e 170. A construção das 3000 casas populares. A efetivação da tão sonhada Upinha pelas mães guarapuavanas, ou ainda os asfaltos que serão construídos em todas as ruas do quadro urbano. Também já estão em andamento grandes investimentos na área de segurança, com milhões de reais em reforço para o município. Aqui vale um lembrete: alguém já trabalhou e conquistou tudo isso.

Ao denunciar Artagão por suposta ameaça de agressão, o deputado Fabio levou o embate ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa. Mas nos bastidores da Casa, o gesto é lido com ressalvas. Para interlocutores do meio político, soa como uma manobra para desviar o foco do verdadeiro desconforto: a resposta firme de Artagão diante de um oportunismo político explícito.

Não é sobre briga. É sobre princípios.

É sobre a diferença entre fazer e aparecer.

Artagão Júnior pode até não ser o mais barulhento dos deputados. Mas sua atuação é reconhecida justamente pela consistência. Não à toa, Guarapuava tem colhido resultados concretos desse trabalho, especialmente em áreas historicamente negligenciadas, como saneamento, educação e segurança.

A verdade é que Guarapuava é terra de gente séria, que tem memória. E o povo sabe reconhecer quem realmente entrega.

Rogério Thomas

Formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em Comunicação Social - Bacharelado em Jornalismo. Já correu esse mundão de Deus, mas ainda não viu de tudo.

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